1984, Coimbra. Artesão de adufes, músico e professor de percussão.

Especializou-se em Percussão Histórica, tendo sido aluno do extraordinário percussionista espanhol Pedro Estevan, no Master en Interpretación de Música Antigua – Percusion Histórica na ESMUC/UAB (Barcelona, Espanha, 2012). 

Juntamente com o compositor Bruno Gabirro criou “Aduf&lectrónica“, um dueto que explora o diálogo entre o adufe e a electrónica em tempo real através de novas composições que pretendem expandir a linguagem técnica, sonora e musical do adufe. Em Maio de 2022, gravaram o primeiro disco através da MisoMusic Portugal, no O´Culto da Ajuda, Art Music Centre, que será lançado em breve.

É músico convidado da Orquestra Barroca da Casa da Música (timbales barrocos e percussão histórica).

É músico da Capella Sanctae Crucis, Nouvelles Musiques Anciennes du Portugal (2013-), dirigido por Tiago Simas Freire, que em 2017, lançou “Zuguambé” (Harmonia Mundi), CD de estreia  inteiramente composto por obras do extraordinário e inédito acervo da escola de Santa Cruz de Coimbra.

Em Setembro de 2022, voltou ao Teatro Nacional São João para a reposição do espectáculo “Talvez… Monsanto” do encenador Ricardo Pais (estreado em 2020), com quem colabora regularmente “Caixa de Música” (2008), “Almada Nada” (2014).

Tocou com as Sete Lágrimas Consort de Música Antiga e Contemporânea (2009-2021), com quem gravou vários CDs e tocou nos mais importantes palcos e festivais de música antiga da Europa e Macau.

Em 2018-2019, como percussionista do Ensemble Med, dirigido por Daniela Tomaz, realizou vários concertos e formações de adufe no âmbito do projecto “Diálogo Intercultural no Mediterrâneo Medieval”, um projecto co-financiado pela DGARTES. Foi ainda co-fundador e director artístico dos Encontros Med, realizados em Monsanto.

A sua prática performativa é profundamente marcada pela Tradição Oral do adufe, frame drum tradicional português de formato quadrangular. Nos últimos 12 anos, tem desenvolvido uma intensa investigação junto de adufeiras e artesãos da região da Idanha-a-Nova (e Paúl), aprendendendo, registando, transcrevendo e analisando o processo construtivo, as práticas performativas, a técnica, linguagem e contexto tradicional actual. 

Criou o conceito “Adufe Moderno”, que define a exploração de novas técnicas performativas e de expansão da linguagem do adufe a partir de outros frame drums tradicionais. Abrange ainda a sistematização de um método de ensino de adufe e das cantigas de adufe absolutamente inovador,  partindo da adaptação do sistema rítmico silábico indiano, da desconstrução e compreensão das técnicas e ritmos tradicionais e de exercícios de coordenação psico-motora.

Desde 2012, através do seu projecto AL-DUFF (2012-2015) e não só, orientou mais de 100 workshops sobre o toque tradicional para mais de 1000 participantes. Transcreveu e publicou ritmos tradicionais e canções de adufe, fez comunicações em congressos e publicou artigos (SILKROADIA Webzine Dec. 2021; Iconografia Musical: organologia, construtores e prática musical em diálogo CESEM, Universidade Nova, 2017, entre outros), participou em programas de rádio e televisão, exposições, etc. Foi professor de adufe convidado na Sibellius Academy (Fin.) e na Academy of Performing Arts de Tillburg (Hol.).

Em Outubro de 2022, publicou o seu “Método de Adufe – Parte I (Iniciação), um método que sintetiza a técnica, a linguagem e os conceitos básicos do adufe tradicional.

Em 2013 lançou a sua marca de artesão. Os seus adufes aliam os processos construtivos artesanais à constante inovação. O seu trabalho tem sido determinante para projectar o adufe para o séc. XXI, como um instrumento versátil, fiável e musicalmente mais desafiante e capaz. Das inovações introduzidas destacam-se: o sistema de afinação, a estrutura com espessura variável e os dois lados sonoros distintos.  

Foi um dos finalistas do Prémio Nacional de Artesanato 2020, na categoria de INOVAÇÃO e é artesão do Centro Artesanato e Design dos Açores.

Como representante de Idanha-a-Nova, Cidade Criativa da Unesco, foi convidado pelo festival Enjoy Jazz 2018 (Heidelberg, Alemanha) para participar no projecto de poesia e música improvisada “Von Salz und Liebe” de R. Dutli (poesia e voz), juntamente com Paata Demurishvili (piano) e Michał Zdrzałek (trompa e electrónica).

Desde 2013, participa regularmente no Tamburi Mundi – Festival Internacional de Frame Drums como músico, professor e artesão.

Estudou percussão erudita na Escola Profissional de Música de Espinho (2002-2005) e na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo no Porto (2005-2009).

Vive nas Lajes do Pico, nas ilhas portuguesas dos Açores, onde dá aulas particulares de Bateria/Percussão, tem a sua oficina de adufes e dá cursos de adufe ONLINE.

Registos audio:

2022 – Aduf&lectrónica; 2022 – “A Viola e a Viagem” Mar&Ilha; 2018 – “Tocar o Chão” – Carlos Peninha (Percussão) 2017 – “Zuguambé” – Capella Sanctæ Crucis (percussão histórica). 2016 – “Vai-te Cuca” – Cardo-Roxo (percussão) 2015 – “Alvorada” – Cardo-Roxo (percussão) 2015 – “Dia Normal” – ilustração Filipe Faria, música Sete Lágrimas, (percussão histórica). 2014 – “Cantiga” – Sete Lágrimas, percussão histórica. 2013 – “Contracorrente” – Contracorrente/D ́Orfeu, (percussão). 2013 – Cantiga – Sete Lágrimas (percussão histórica). 2012 – “Península” – Sete Lágrimas (percussão histórica). 2011 – “Terra” – Sete Lágrimas (percussão histórica). 2008 – “Gent ́ilesa” de Teresa Gentil, (percussão)

Colaborações artísticas

Música Antiga e de Câmara: Sete Lágrimas, Capella Sanctae Crucis, Ludovice Ensemble, Divino Sospiro, Orquestra Barroca da Casa da Música, Concerto Ibérico Orquestra Barroca, Touli Ensemble, Ensemble Med, Le Gout Théatral, Orquestra de Música Antiga da ESMAE, Officina da Música, Folia Antiqua, Miar dos Galos, Capella Duriensis, Ensemble Phoenix (Israel), L´Effetto Ensemble

Orquestras: Orquestra Sinfónica da Casa da Música, Orquestra da Fundação Calouste Gulbenkian, Orquestra da ESMAE, Orquestra ARTAVE, Orquestra Clássica de Espinho, Orquestra Sinfónica da, Póvoa de Varzim, ESART Ensemble, Banda Sinfónica Portuguesa, Orquestra de Câmara do Conservatório de Música de Coimbra, Orquestra Clássica do Centro.

Folk, World Music e música de intervenção: Mar&Ilha, Quarteto Viagem, Manuel Costa Júnior, Cardo Roxo, Hadji Silva Murittu Boyd, Contracorrente, Toques do Caramulo e Galandum Galundaina, Quarteto Mossanova, Viramundo, Teresa Gentil, Soltar a Língua, Vozes ao alto, Ela Uma Vez, Carlos Peninha/Tocar o chão

Teatro e música para crianças: “Almada nada” (R. Pais a partir de “Saltimbancos” de A. Negreiros), “Maria de Buenos Aires” (A. Piazzolla) – Teatro Nacional São João, “Caixa da Música” (música Arrigo Barnabé; direcção cénica R. Pais) – TNSJ, “Elias, o sonhador” (Teresa Gentil), “Dó ré mi perlimpimpim” (produção Palco Paralelo, música Mário Franco)

Música contemporânea: Drumming – Grupo de Percussão, Equilater Ensemble, Grupo de Percussão da ESMAE, Oficina de Música Contemporânea da ESMAE

Multimédia

Follow me