Na aldeia do Paúl, na Covilhã, o adufe tem no Grupo de Adufeiras da Casa do Povo do Paúl um dos mais dinâmicos grupos da actualidade. Dança-se, canta-se e toca-se adufe em simultâneo, num exercício de coordenação impressionante. As adufeiras do grupo, dirigidas pela Leonor Narciso, para além de cantarem o repertório antigo, exploram o adufe performativamente, introduzindo-o em praticamente todos os momentos da vida colectiva: cantares, danças, cantilenas, lengalengas, jogos rítmicos, rimances, rituais quaresmais, encomendação das almas e espectáculos. São frequentemente convidadas para dar workshops de adufe em grandes festivais de Verão, como, por exemplo, o Andanças.

Enquanto instrumento, o adufe do Paúl, é igual ao de Idanha-a-Nova: as samarras (peles de cabra ou ovelha) são cosidas à volta das armas (caixilho de madeira), enfeitam-se os cantos com maravalhas (fitas coloridas) e pode ou não ser colocada uma fita de cetim colorida por cima da costura. No interior do adufe são colocadas soalhas: sementes, pedras, cápsulas de garrafas, bordões e guizos.

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