Em Portugal, no séc. XXI, a palavra adufe é usada para definir o instrumento de percussão tradicional português, frame drum, bimembranofone, de forma quadrangular (ou triangular, variação muito rara), ornamentado nos cantos, com soalhas no seu interior e sistema de afinação de peles, cuja identidade e singularidade emana da Tradição Oral das cantigas, das danças e do toque do adufe da região de Idanha-a-Nova e do Paúl (Covilhã). O mesmo instrumento pode também ser designado por pandeiro ou pindeiro em aldeias raianas como Malpica do Tejo ou Monforte da Beira, tratando-se apenas de uma questão de terminologia e não de um instrumento diferente.
Tradicionalmente é um instrumento na sua essência feminino e social. É tocado, em grupo, pelas adufeiras e tem como função acompanhar o canto.
Fora do contexto tradicional, é um instrumento moderno, versátil, que tem atraído cada vez mais executantes, em Portugal e no estrangeiro. A sua construção, as técnicas de execução, as metodologias de ensino e a notação têm evoluído significativamente no séc. XXI. Tem sido introduzido nos mais diversos e surpreendentes contextos musicais, tais como a música contemporânea e a música electrónica.
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