O adufe é recorrentemente confundido com outros instrumentos quadrangulares, tais como: o pandero cuadrado de Peñaparda (Espanha), o pandeiro mirandês (do Nordeste de Portugal) e com outros pandeiros de forma quadrangular da Península Ibérica (Astúrias, Galiza – onde também encontramos o termo adufe – e Catalunha).

Observando com atenção, apesar das semelhanças (forma quadrangular, serem feitos nos mesmos materiais e serem todos bimembranofones) são instrumentos distintos, com tradições, áreas geográficas, funções, técnicas, e linguagens diferentes.

O que estes instrumentos têm de facto em comum é serem da mesma família.

Penso que um bom princípio a adoptar seria usar os nomes que as pessoas do contexto tradicional atribuem aos seus instrumentos, consoante a região de onde provêm.

Normalmente, as pessoas exteriores ao contexto e por ignorância acabam por designar por igual o que não é de todo igual. Por exemplo, uma pandeireta galega, um riqq, um tamburello e um pandeiro de samba, são tudo pandeiros. Têm a mesma forma e são feitos dos mesmos materiais, mas não faz qualquer sentido dizer que são a mesma coisa. Há também um preconceito em relação aos instrumentos de percussão: são considerados instrumentos menores e portanto não merecedores uma designação correcta. Um adufe é um adufe, um pandeiro é um pandeiro.

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